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SAIBA MAIS SOBRE A BATERIA DE LITIO

Bateria Fosfato de Lítio Ferro LiFePO4 


A primeira descoberta do uso do lítio como meio de armazenar energia foi feita pelo professor John Goodenough da universidade de Oxford. Ao desenvolver a sua pesquisa, ele convidou o físico e pesquisador japonês Koichi Mizushima e juntos desenvolveram a bateria de lítio óxido de cobalto (LiCoO2). A partir deste momento, o conhecimento e desenvolvimento das baterias com compostos químicos juntos ao Lítio passaram por diversas evoluções no meio científico e, atualmente, está sendo amplamente utilizado.

Dentre as baterias de lítio presentes no mercado, vale destacar três tipos, sendo elas:


  • Fosfato de ferro e lítio (LiFePO4): Esta bateria possui uma menor densidade energética se comparado com as NMC e NCA, no entanto sua composição além de ser mais barata para produção, gera uma maior resistência e segurança por possuir fosfato em sua ligação, o que permite a bateria operar em uma maior faixa de temperatura, provendo o melhor resultado para o uso geral em veículos elétricos e sistemas de geração de energia solar off-grid.


  • Óxido de cobalto, manganês, níquel e lítio (NMC):  A combinação entre esses materiais serve para equilibrar o sistema, trazendo o melhor de cada um, desde a redução da resistência interna até a alta energia advinda do níquel. Esse resultado gera uma bateria com uma elevada densidade energética, resultando assim uma maior autonomia. No entanto, pela presença desses diversos materiais químicos que possuem um alto valor de mercado, essa bateria acaba sendo inacessível a diversos mercados.


  • Óxido de alumínio, níquel, cobalto e lítio (NCA): Este tipo de bateria possui suas semelhanças com a NMC, tendo também uma alta densidade energética. Porém a grande desvantagem desta bateria é a sua periculosidade, sendo necessário um maior cuidado com a aplicação, além de necessitar de um sistema de segurança mais robusto. Por esse motivo, essa bateria é a menos indicada dentre as três citadas para uso em veículos elétricos.


Devido ao fato das baterias tipo LifePO4 serem mais seguras e possuírem melhor custo-benefício, a Vinnig optou por fornecê-las ao mercado nacional ainda no primeiro semestre de 2023, com objetivo de torná-las uma opção para as empresas que pretendem desenvolver novos projetos de VEs e também para veículos já existentes que utilizam a antiga  tecnologia de baterias de chumbo-ácido.

 

Colocar foto de pessoas da Vinnig manuseando bateria de lítio


A seguir iremos explicar os principais aspectos técnicos que envolvem essa bateria:


VIDA ÚTIL: As baterias LiFePO4 possuem em média entre 4000-6000 ciclos de vida se usadas em 80% DOD (profundidade de descarga), podendo durar até 10 anos se estiverem em condições indicadas de uso, como a temperatura de operação, profundidade de descarga e armazenamento correto.


MANUNTENÇÃO e SEGURANÇA: As baterias de LiFePO4 não necessitam de manutenção, isso ocorre pois não necessitam de troca de eletrólito, além de não gerar zinabre nos terminais e vazamento de líquidos. Sendo assim, a manutenção no conjunto só ocorrerá caso seja necessário substituir alguma célula. 


Já em relação à segurança, essas baterias não liberam gases poluentes durante a utilização, por isso, não necessitam de um sistema de ventilação para exaustão dos gases. Durante a aplicação, a segurança da bateria é garantida através do BMS, responsável por identificar falhas e consequentemente desconectar a bateria do restante sistema elétrico. Além disso, essas baterias possuem maior estabilidade térmica e química, maior proteção contra sobrecarga, sobreaquecimento e curto-circuito.


TEMPO DE RECARGA: O processo de recarga das baterias de lítio é bem simples. Geralmente os carregadores enviam as baterias uma corrente constante, o que permite um tempo de recarga menor quando comparados com baterias de chumbo ácido. O processo de carga pode ser finalizado independentemente pelo carregador ou pode ser interrompido pelo BMS (Battery Management System). O segundo caso é o mais recomendado de ser utilizado, uma vez que além de monitorar a tensão total do pack de baterias, o BMS também monitora individualmente cada célula, evitando assim uma sobretensão individual das células.

           

COMPOSIÇÃO DA CÉLULA LiFePO4: Utilizando a imagem abaixo para exemplificar como é a formação de uma bateria de LiFePO4, temos os triângulos verdes como Ferro, os marrons como fosfato e os pontos vermelhos como lítio, sendo a composição da parte positiva da bateria. Quando a bateria está descarregada, o lítio se prende a grade feita de fosfato e ferro, porém, durante a carga, os íons de lítio são atraídos pela membrana de polímero que está no meio, sendo levada para o eletrodo negativo feito de carbono-grafite.


NOMENCLATURAS

Nos datasheets das baterias e em suas respectivas etiquetas aparecem com frequência nomenclaturas tais como “C20”, “1C”, “8s” e “16s2p”. As duas primeiras nomenclaturas indicam a capacidade de carga e descarga da bateria.  Já as duas últimas indicam como as células das baterias estão associadas eletricamente, a exemplo das associações de circuito série, paralelo ou misto. Veja abaixo exemplos de ambas nomenclaturas:


  • NOMENCLATURA DE CAPACIDADE DE CARGA E DESCARGA:  Tomando como exemplo uma bateria que possui uma capacidade nominal de 100Ah, capacidade de descarga de 0,5C e uma capacidade de carga de 1C, isso significa dizer que a corrente máxima de descarga contínua é de 50A (0,5 * 100) e a capacidade de carga é de 100A (1 * 100). Logo essa bateria poderia ter uma corrente drenada continuamente de 50A, o que levaria duas horas até sua descarga completa. A mesma bateria levaria uma hora para ser carregada completamente, caso utilizasse um carregador com corrente de saída 100A.


  • NOMENCLATURA SÉRIE E PARALELO: Outra nomenclatura que frequentemente aparece em datasheets de baterias de lítio são as letras S e P. Essas letras estão relacionadas ao número de células em série (s) e em paralelo (p). A exemplo da ilustração abaixo, para formar um pack de 25,6V 50Ah, serão necessárias 8 células em série de 3.2v 50Ah, possuindo assim a nomenclatura 8s. Caso queira formar um pack de 25,6V 100Ah, serão necessários dois conjuntos de 25,6V 50AH (8s) em paralelo, formando-se um pack 8s2p, conforme ilustração abaixo.


TEMPERATURA: A temperatura ambiente afeta diretamente as baterias durante a aplicação, influenciando no seu desempenho e na sua vida útil. Nas baterias LiFePO4, por possuir uma maior resistência térmica provenientes no fosfato, as faixas de operação destas baterias são: 


  • Recarga: Em situação de recarga, as baterias de LiFePO4 podem estar entre 0°C e 50°C.
  • Descarga: Essas baterias podem operar entre -20°C e 60°C (recomenda-se operar entre 15°C e 35°C), permitindo uma faixa de operação segura para a aplicação.
  • Armazenamento: Ao manter o armazenamento destas baterias, deve-se garantir que estejam ao menos entre -10°C e 40°C, sendo recomendado estar entre 5°C e 35°C.


BMS

O BMS é responsável pelo gerenciamento e segurança das baterias, feito através da análise individual de cada célula. Este dispositivo mantém a operação em conformidade através do controle de corrente máxima, tensão máxima, mínima e a defasagem de tensão entre as células, desconectando-as eletricamente do VE caso alguma dessas partes ultrapasse o valor pré-definido, de acordo com as especificações de cada fabricante de baterias. Junto a isso, o BMS também reforça a segurança nas baterias contra curtos externos e sobre temperatura. Além disso, há BMSs que possuem outros acessórios que podem ser integrados a eles. Veja abaixo alguns tipos de acessórios:


Painéis 

O BMS pode possuir conexão com painéis externos que mostraram dados como estado de carga, tensão do pack de baterias, corrente consumida pelo sistema, corrente de recarga e temperatura, etc. 


Balanceador 

O balanceador é um dispositivo que pode ser externo ou integrado internamente ao BMS. O dispositivo garante um maior equilíbrio de tensão entre as células. O constante balanceamento das células ao longo da operação é feito automaticamente pelo dispositivo, garantindo maior capacidade de drenar energia das baterias, aumentando a autonomia e vida útil. O termo ”Balanceador Ativo” significa dizer que o pack de baterias que possui balanceador internamente.
 

Aplicativo e Software

O BMS pode ser configurável através de aplicativos para celulares e/ou softwares para computadores. Além de configurá-lo, também é monitorar diversas informações como tensão mínima e máxima das células, temperatura, tensão do pack, Amperhora de carga e descarga acumulados, etc.


Comunicação Serial e CANBus
:

O BMS pode ter saídas de comunicação Serial ou CANBus. Através destas comunicações é possível conectá-lo a:

  • Softwares externos para configuração e monitoramento variáveis da bateria. 
  • Painéis que mostraram ao operador informações da bateria.
  • Controladores de velocidade, a exemplo dos fabricados pela Curtis.


É imprescindível que o BMS possua algum tipo de comunicação externa, preferencialmente CANBus, para que os diversos dados da bateria possam ser enviados para outros dispositivos externos.


PROCESSOS DE USO

Diferentemente das baterias de chumbo ácido, as baterias de lítio permitem as seguintes operações em um VE: 

  • Recarga oportuna incompleta: Situação que ocorre ao desconectar o veículo do carregador antes que a carga esteja completa, logo em seguida utiliza o VE e por seguinte conecta-o ao carregador novamente. 


  • Uso logo após a carga: As baterias do tipo LiFePO4 não necessitam de um período de descanso após a recarga. Logo podem ser utilizadas imediatamente depois que as baterias estiverem completamente carregadas.


  • Descarga profunda: Ocorre ao utilizar o VE com a bateria descarregada. Em baterias de lítio, o BMS não permite a bateria operar com 0% SOC, cortando o sistema ao atingir esse nível.



GARANTIA

As baterias de lítio geralmente possuem a garantia média de 4 anos. Isso ocorre por serem baterias resistentes pela sua organização físico-química, permitindo assim uma maior quantidade de ciclos de carga e descarga e consequentemente uma longa vida útil.


Vinnig Power Pack


As baterias do tipo LiFePO4 são amplamente recomendadas para o uso nas frotas de veículos elétricos e sistemas solares off grid, pois como mencionamos, são extremamente seguras, possuem alta densidade energética e não necessitam de manutenção. 

Além disso, por possuírem BMS, o pack de baterias se torna um componente inteligente, que atua na segurança, monitoramento e registro de diversas informações importantes, que poderão ser compartilhadas externamente, a exemplos de dispositivos de telemetria e relatórios de gestão de frota.


Apesar de serem mais caras que as baterias de chumbo-ácido, as baterias de lítio possuem vida útil que chega a ser cinco vezes maior. Além disso, reduzem os custos de manutenção preventiva do veículo, uma vez que elimina a necessidade de um técnico ir a campo para fazer a reposição ou troca da água e também a respectiva limpeza dos bornes, uma vez que as baterias de chumbo-ácido acumulam zinabre em seus terminais em decorrência da exaustão de gases. 


Sendo assim, somando esses fatores a outros ganhos no processo de uso, como foi mencionado acima, se torna difícil justificar o uso de baterias de chumbo-ácido na fabricação de novos veículos ou reposição em máquinas já existentes.

A Vinnig passará fornecer packs de baterias de lítio ainda no primeiro semestre de 2023. Teremos diversas opções de potência e tamanho, para atender o mercado de fabricação de VEs e reposição. 





Caso tenha interesse em saber mais comercialmente ou tecnicamente das baterias LiFePO4, contate o time da Vinnig!

Por Leonardo Amato 30 abr., 2023
Os Carregadores de bateria Vinnig são utilizados para recarregar baterias de chumbo-ácido (Flooded ou AGM) ou baterias de lítio dos veículos elétricos. Leves, compactos e eficientes, nossos carregadores são de alta frequência e podem ser aplicados internamente ou externamente aos veículos elétricos. Também possuem perfis de cargas configuráveis definidas de acordo com as especificações técnicas da bateria, possibilitando aumentar sua vida útil. Afinal, quanto mais inteligente e eficiente for o processo de carregamento, mais rápido seu utilitário, veículo ou plataforma estarão disponíveis para uso e maior será a duração da sua bateria. Por isso, é importante que sejam utilizados carregadores seguros e confiáveis! Nossos carregadores podem ser utilizados com segurança em plataformas elevatórias, entre elas Skyjack, Genie, Haulotte e JLG, além de diversas outras aplicações: carros de golfe, máquinas de lavar piso, transpaleteiras, AGVs e outros utilitários elétricos. Temos carregadores de bateria em modelos de 48V, 36V e 24V. Para que sejam utilizados em bateria de Lítio, basta apenas uma alteração do algoritmo interno do carregador e pronto! Uma vez programado corretamente, de acordo com as demandas técnicas de sua bateria, ele estará apto para atender suas necessidades e garantir recargas eficazes. Conheça mais algumas vantagens: Possuem alta eficiência de até 92%, reduzindo as perdas durante o processo de carga; Podem ser aplicados dentro ou fora dos veículos (On ou Off Board); Possuem proteção IP67, ou seja, são protegidos contra poeira e resistentes à água; Possuem Função Interlock – Impede a movimentação do veículo quando o carregador está conectado à rede CA. Sensor de Temperatura – Reduz a corrente de carga automaticamente em caso de aumento de temperatura no borne da bateria; Led Externo para ser instalado no painel do veículo e auxiliar na visualização do status de carga; Comunicação CANBus – Permite exportar o status de carga para outros dispositivos. Faça uma consulta com a gente e saiba ainda mais sobre o Carregadores Vinnig!
15 mar., 2023
As plataformas da Genie modelo Z30, Z34 e Z45 utilizam controladores Curtis modelo 1244.
15 mar., 2023
Sim! Os controladores da Curtis possuem freio regenerativo.
Por Leonardo Amato 05 nov., 2022
A VINNIG COMPRA SEU CONTROLADOR CURTIS USADO, FUNCIONANDO OU DEFEITUOSO
Por Leonardo Amato 05 nov., 2022
Quando seu programador 1313 banda azul está desatualizado, faz-se necessário realizar os procedimentos do Vídeo. Nele consta o passo a passo de como atualizar o firmware do programador 1313. Os arquivos utilizados para atualização deverão ser solicitados através do e-mail laboratorio@vinnig.com.br.
27 out., 2022
UTILIZE O LABORATÓRIO DA VINNIG, CERTIFICADO PELA CURTIS, NA MANUTENÇÃO DE SEUS EQUIPAMENTOS
Por Leonardo Amato 17 ago., 2022
Assista o vídeo com mais informações sobre o dispositivo de monitoramento e telemetria de baterias.
Por Leonardo Amato 17 ago., 2022
COM O BATTMAN VOCÊ PODE AUMENTAR EXPRESSIVAMENTE A VIDA ÚTIL DA SUA BATERIA!
Por Leonardo Amato 25 jul., 2022
Primeiramente é necessário entender o processo de sulfatação, pois é este processo que leva as baterias ao final de suas vidas úteis, natural ou precipitadamente. Entende-se por sulfatação o resultado do processo químico de descarga natural ou não da bateria. Os sulfatos são sais derivados do ácido sulfúrico existentes nas baterias tracionárias. Nas baterias do tipo chumbo-ácido, o eletrólito é uma solução de ácido sulfúrico e os eletrodos são placas de chumbo. Devido a alguns fatores, esse sulfato pode formar grandes cristais nas placas de chumbo, que afetam o funcionamento da bateria, pois causam danos às placas. Estes cristais ficam retidos nas placas, não retornando à solução eletrolítica. A sulfatação cobre as paredes porosas das placas de chumbo inibindo a carga completa da bateria, reduzindo a performance das mesmas e aumentando o tempo necessário para a carga, No entanto, o termo também é usado para descrever a corrosão de terminais, que ocorre quando os vapores de ácido sulfúrico atacam os mesmos. Por exemplo, o “pó branco” que ocasionalmente se forma nos terminais das baterias tracionárias é causado por uma sulfatação. Terminais corroídos dessa forma são denominados sulfatados, da mesma maneira que as placas de chumbo internas às baterias, quando sofrem este danoso processo químico. Existem alguns fatores que podem precipitar a sulfatação das baterias tracionarias. Um controle adequado destes fatores pode evitar a redução significativa da vida útil das baterias. Se levarmos em conta que as baterias constituem sempre um dos maiores custos operacionais dos veículos elétricos, o controle adequado destes fatores pode resultar numa importante redução dos custos de operação de tais veículos. Vamos descrever a seguir os principais fatores causadores desta deterioração precoce das baterias. 1- DESCARGAS PROFUNDAS: A descarga profunda é caracterizada quando a bateria é descarregada além da carga residual de 20%. Estas descargas profundas ocasionam a sulfatação acelerada da bateria. Para evitar este tipo de dano, o uso de indicadores de descarga de bateria com corte é fundamental. O uso de voltímetros comuns para avaliação da descarga das baterias não resolve este problema uma vez que a descarga das baterias ocorre normalmente de maneira inconstante, numa curva cheia de vales e picos. Assim, um simples voltímetro não consegue detectar o momento exato em que a bateria atingiu seus 20% de carga residual, pois sua medição será flutuante. Apenas instrumentos que calculam periodicamente a integral desta curva de descarga conseguem detectar o momento exato de interromper o uso da bateria e evitar descargas profundas. Além disso, é conveniente ter um instrumento que também possibilite o corte de alguma função da máquina quando a carga residual de 20% é atingida, forçando assim o recarregamento da bateria e evitando a descarga profunda da mesma. Num carro de golfe em geral se usa o sinal de corte para reduzir bastante a velocidade máxima do veículo ou obrigá-lo a se mover apenas em marcha ré, forçando o operador a levar o veículo para a recarga das baterias. Numa empilhadeira, em geral se usa o sinal de corte para bloquear o movimento de elevação dos garfos, também obrigando o operador a recarregar as baterias. Existem outros usos para este sinal de corte, que são facilmente introduzidos no veículo via o controlador de impulsos. 2- ELETRÓLITO CONTAMINADO: Em geral este problema ocorre quando o eletrólito da bateria é adulterado. Isso ocorre usualmente pelo nível do eletrólito dentro da bateria estar baixo, permitindo a evaporação da água e consequentemente aumentando a densidade do eletrólito residual. Outro motivo comum é a adição de eletrólito nas baterias ao invés da correta adição de apenas água desmineralizada. Como estes eletrólitos são comumente vendidos em postos de gasolina e auto elétricos, esse engano é bastante comum. A contaminação do eletrólito, principalmente por sais metálicos e substâncias orgânicas, aumenta a corrosão das placas e separadores. 3- ARMAZENAGEM DAS BATERIAS DESCARREGADAS: Carregue frequentemente as baterias armazenadas para evitar a sulfatação, pois as baterias armazenadas sofrem um esgotamento natural de sua carga. A tensão de cada célula não deve ser menor que 2,1 Volts durante o período de armazenamento. Usualmente elas devem ser recarregadas todos os meses. Após o uso da bateria, ela deve ser recarregada no máximo dentro de 10 horas para evitar a sulfatação acelerada de suas placas, antes dela ser armazenada. Quando a bateria está descarregada os cristais de sulfato de chumbo são alimentados pelo eletrólito e tendem a crescer, formando um filme isolante e aumentando a resistência interna dos elementos. Este aumento da resistência interna pode inibir totalmente a reação química de carga da bateria. 4- CARREGADORES DE BATERIAS INADEQUADOS: Carregadores de baterias de baixa qualidade podem seguir níveis e programas de carga incorretos, o que acelera a sulfatação da bateria. Os carregadores de alta frequência possuem quatro estágios distintos de carregamento: Volume, Absorção, Finalização e Manutenção. No estágio de Volume, o carregador aplicará uma corrente constante e elevada na bateria, retornando cerca de 75% da carga o mais rapidamente possível, controlando a temperatura, para que ela não atinja valores que danificam a bateria. Em seguida, no estágio de Absorção, como a bateria se encontra com carga quase completa, ela não aceitará carga rápida e sendo assim, o carregador aplicará uma tensão constante permitindo que a bateria controle o próprio nível de corrente aceitável. No estágio de Finalização o carregador providenciará uma corrente constante e uma sobretensão, de maneira que a bateria atinja a plena carga. Uma vez que a fase de Finalização esteja completa e a bateria atinja 100% da carga, o carregador entra em uma fase de Manutenção. Conforme foi descrito anteriormente, a bateria se auto descarrega no decorrer do tempo. Durante a fase de Manutenção o carregador monitora o nível de bateria quando ela se encontra por um longo período de descanso e a recarregará automaticamente caso seu nível de carga reduza. O ajuste destas fases do carregamento de acordo com as especificações dos fabricantes é essencial para alcançar a máxima vida útil e a capacidade projetada da bateria. Os processos de carga são um importante aspecto na vida útil da bateria. Se a tensão de carga for muito alta causará um aumento acelerado da temperatura da bateria e a corrosão da placa, reduzindo sua vida útil. Se a tensão de carga for muito baixa, a bateria não será mantida a plena carga. Isto causará sulfatação das placas resultando na degradação da capacidade e na redução da sua vida útil. Entre os tipos de carregadores que existem no mercado, o melhor para a bateria é aquele que mantém a corrente controlada em três níveis durante todo o período de carga. Estes estágios de carga não são todos controlados pelos carregadores ferro-ressonantes e por isso os carregadores de alta frequência são os indicados para o carregamento das baterias. Se utilizarmos um carregador que controle a corrente nos 3 estágios da carga, aliado a um planejamento operacional de nosso equipamento, estaremos de fato minimizando os efeitos indesejáveis da temperatura. Toda bateria tracionária necessita de um período de repouso após cada carga e este período é necessário para a desgaseificação e o resfriamento da mesma. Se considerarmos uma elevação da temperatura de 10°C ao final do processo de carga, a bateria deverá retornar à sua temperatura ambiente antes de ser novamente utilizada. 5- TEMPERATURAS ELEVADAS: As temperaturas elevadas são um grande inimigo das baterias. As baterias de chumbo-ácido são sempre projetadas para operar com temperaturas internas de 25°C. É nessa temperatura onde a bateria maximiza sua vida útil e o seu desempenho. Qualquer temperatura interna acima de 25°C irá causar a redução da vida útil e a alteração de seu desempenho. Existem estudos definindo que a cada 8,5°C de elevação de temperatura a vida útil da bateria é reduzida pela metade. Ou seja, se a vida útil projetada é de 5 anos a 25°C, caso a bateria seja usada em um ambiente com 33,5°C, sua vida útil será de 2,5 anos. Isso é um problema grave e insolúvel para as regiões brasileiras que têm temperaturas ambiente mais elevadas. As temperaturas elevadas provocam danos às placas de chumbo e a gaseificação do eletrólito, provocando sulfatação e variação na densidade do eletrólito. Em geral o aumento da temperatura é causado pelos seguintes fatores: Temperatura ambiente Corrente de carga elevada, acima da definida pelo fabricante Tensão de flutuação num nível acima da definida pelo fabricante Uso da bateria imediatamente após a carga, sem deixá-la voltar a temperatura ambiente antes de novo uso. Isso é bastante comum nas baterias que sofrem cargas ocasionais durante o dia de trabalho, ao invés de serem carregadas apenas quando estiverem realmente descarregadas (ciclos incompletos). As cargas ocasionais, quando completas, não danificam as baterias mas, a utilização da bateria quando ela ainda está quente devido a carga, provoca danos consideráveis. 6- NÚMERO DE CICLOS: O número de ciclos de carga e descarga que uma bateria suporta é limitado e quanto maior for a frequência de ciclos incompletos, menor será a sua vida útil. Assim, baterias utilizadas em aplicações cíclicas como veículos elétricos possuem uma vida útil menor do que em sistemas como telecom, luz de emergência, etc. 7- CORRENTE DE CARGA MUITO ELEVADA: As baterias devem ser carregadas com uma corrente não superior a 20% de sua capacidade. As baterias quando descarregadas são capazes de aceitar correntes de carga mais altas por um intervalo de tempo pequeno. Mas, esse tipo de carga deve ser bem controlado. Altas correntes de carga danificam a coesão das placas de chumbo, levando ao derramamento do material da placa e reduzindo sua vida útil. No início este derramamento de material da placa só reduz a capacidade das baterias mas depois, este material perdido vai se acumulando na parte de baixo das baterias e acabará criando um curto entre as placas positivas e negativas das baterias, fazendo com que esta célula da bateria não funcione mais. Além disso, a carga muito rápida da bateria eleva sua temperatura, resultando nos efeitos já descritos anteriormente. 8- OXIDAÇÃO DOS PÓLOS: Isso ocorre quando o eletrólito está num nível acima do máximo permitido ou quando a bateria não foi corretamente limpa e acumula eletrólito na sua parte superior e nos seus terminais, causando curtos entre os terminais e provocando uma auto descarga acelerada. 9- NÍVEL DO ELETRÓLITO ABAIXO DAS PLACAS: Esse fator provoca a oxidação da placa negativa da bateria devido à sua exposição ao ar, também reduzindo a vida útil da mesma. Isso é mais comum nas baterias seco-carregadas, antes de sua ativação. Enfim, o correto controle destes fatores evitará a redução da vida útil das baterias, diminuindo sensivelmente o custo da operação dos veículos elétricos. Para os locadores e os proprietários de frotas de veículos elétricos, este controle passa a ser fundamental para o sucesso de suas frotas. Entre em contato conosco para mais informações.
28 mar., 2022
Os controladores da Curtis oferecem inúmeras vantagens quando aplicados em AGVs e AMRs. Dentre as diversas vantagens, destacam-se: Fácil Programação – Com as ferramentas de programação da Curtis é possível realizar diversas configurações de forma intuitiva, como ajuste de velocidade máxima, rampas de aceleração e desaceleração. Comunicação CANBus – Permite ao CLP comandar funções do controlador como tração, direção, elevação e saídas digitais através de uma fiação elétrica simples, além de receber do controlador informações como nível da bateria, corrente e temperatura do motor, distância percorrida, etc. Precisão no movimento – Através de um sistema eletrônico em malha fechada, com um encoder (sensor de velocidade) no eixo do motor e com um sofisticado algoritmo de PID interno, perimirá ao veículo um controle preciso de velocidade e posicionamento. Segurança – Possuem internamente dois poderosos microprocessadores de alto desempenho, que garantem ao controlador um Performance Level = D em acordo com as normas EN ISO 13849-1 / EN1175-1:1998+A1:2010. Software Customizável – Controlador possui uma linguagem de programação própria chamada VCL (Vehicle Control Language) que permite criar funções e parâmetros específicos para cada aplicação.
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